terça-feira, 5 de agosto de 2008

Soutiens contra as balas


Acabei de ler que as mulheres da polícia alemã vão ter direito a soutiens à prova de bala. Uma notícia que me deixou, por um lado, exuberante de alegria, por outro, um tanto apreensivo.

A alegria deve-se ao facto de eu gostar muito de mamas, e custa-me saber que as balas podem estragá-las. Estou convencidíssimo que uma bala de calibre 38, mesmo que seja de CO2 (é verdade, já se fabricam revólveres com pressão de CO2: as preocupações ambientais chegaram ao armamento… Imagino que os especialistas dessa indústria, por natureza pacífica, terão pensado: «A malta rebenta-os todos, mas não poluímos o ambiente! Assim sempre ajudamos a cumprir o Protocolo de Quioto, e compensamos o facto de não contribuirmos para o cumprimento da Declaração Universal dos Direitos do Homem, nomeadamente no que respeita ao artigo 3º: “Todo o indivíduo tem direito à vida (…)”» - é bem pensado, reconheçam!), mas, dizia eu, estou certo que um projéctil de calibre 38 deixa as mamas de uma mulher numa lastimável papa – se restarem mamas.
Portanto, as minhas vivas saudações à polícia alemã por nos conservar as mamocas das suas agentes. Digo «nos conservar», porque é bom recordar-vos que as mamas alemãs são um valioso património da humanidade. Logo, é urgente, forçoso e oportuno preservá-las.

A apreensão tem mais a ver com a possibilidade (muito remota) de eu poder tropeçar numa agente alemã, em férias no Algarve, e a coisa complicar-se quando chegar a altura de retirar a blusa. É que até aqui, pelo que me dizem amigos meus com alguma experiência no ramo, as alemãs que veraneavam no Algarve não usavam, de todo, soutien. Mas com a crescente onda de violência urbana, é natural que comecem a mudar os hábitos e apareçam de soutiens e coletes à prova de bala.
Contou-me um amigo, com notória reputação (recordo, aos mais alheios a essa coisa da semântica, que "reputação" não é "putar de forma repetida"), e muito traquejo, que uma loura e brancosa alemã lhe tinha dito, num momento de maior intimidade intelectual, que não conseguia andar com elas presas: «Gosto delas livres e à larga. Adoro senti-las constantemente aos pulos.» Quando o meu amigo, ainda assim, insistiu no assunto, para lhe dizer que dessa forma aumentava a probabilidade das mamas se desmancharem, ela terá afirmado, num português impecável, e com a reconhecida determinação germânica: «Embrulhar as minhas mamas, era como tentar vestir um smoking a um casal de pulgas.» Aí ele calou-se.

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